Ressurreição ,
, Filme , Arte , Fé , História
No Cinema sempre foi assim : a vida imita a arte , que imita a vida , que imita a
arte.
É maravilhoso o equilíbrio do enredo entre a
trama "policial", as pinceladas políticas ,o cotidiano das pessoas
humildes da época ,o sobrenatural e a autotransformação do protagonista
-perceptível claramente na mudança fisionômica do ator - evolução perfeita .
O que é
perceptível também , é a influência de Benítez ,de sua (e do major
Jasão)'Operação Cavalo de Tróia' ; no roteiro , no figurino e principalmente na
composição dos personagens e até na escolha
do elenco.
No roteiro , mostra a base cronológica dos encontros do Jesus
pós-mortem com os discípulos; os diálogos de Caífás e Pilatos são rigorosamente
iguais aos do livro, e claro ,a ascenção. No figurino, o inédito , são as calças meia -perna incluídas na vestimenta dos soldados romanos ,seguindo à risca a
descrição do major e as diferenciações
no traje do tribuno , também são inspiradas nela Só o pano branco no pescoço foi mensagem
poética subliminar.
A aparência
de Jesus. na escolha do ator , mais uma vez remete à Benitez ; e em alguns
momentos nos diálogos entre o tribuno e o nazareno, temos a nítida sensação
da presença do Major Jasão.
Bartolomeu porém é a obra prima . O sorriso , a doce ironia , a alegria , a certeza e a
leveza , mostram que o ator fez a lição de casa , lendo o Bartolomeu de Jasão.
Acreditei , à princípio, que o filme era um remake de "Quo Vadis" , filme da década de
40 , com Robert Taylor.
que contava a
história de um oficial romano que se convertia. Se há alguma menção , é bem
pouca. Ressurreição , é único , básico , essencial e provavelmente fará escola.
No mais , o
filme , encanta , comove sem revoltar ,choca , toca ,emociona, principalmente ao
explicitar , a crueldade romana nas
primeiras cenas .
Pilatos deixou à desejar, mas em nada escurece a grandeza brilhante do filme. Afinal, nem do Sudário
esqueceram , Perfeito!
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